sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ataque às Hordas do Poder

Ontem na sala de aula, antes de uma de exegese do Novo Testamento, perguntaram-me sobre a ‘canalhada’ promovida pelo (e no) senado sob a regência do sr. Renan Calheiros. Meus olhos chispantes e segundos de silêncio exatemático me denunciavam o ódio. Foi me subindo uma nevralgia, ânsia, ulcera, ódio e mais ódio, ódio cíclico, ódio fecundo, agindo diretamente na central do meu rancor auto-enebriante. GRRRR!!
Minha resposta foi mais ou menos assim:
Nós, os brasileiros perdemos a oportunidade da terceira parte da trilogia “Ataque às Hordas do Poder”. Primeiro ataque:

‘Presa em flagrante, mulher diz que esfaqueou ACM Neto por causa de reajuste.’
GABRIELA GUERREIRO. FELIPE NEVES da Folha Online, em Brasília e São Paulo
A mulher que esfaqueou o deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), na tarde desta segunda-feira, foi presa em flagrante e autuada por tentativa de homicídio, segundo o delegado titular do 16º DP de Salvador, Wilson Gomes. Em seu depoimento, Rita de Cássia Sampaio de Souza, 45, mencionou como razões para o ato o reajuste de 91% concedido aos parlamentares e um descontentamento geral com relação aos políticos brasileiros...O incidente aconteceu às 12h40. Segundo o delegado, Rita usou uma peixeira para agredir o deputado. O golpe foi desferido pelas costas. Ele passa bem e está em observação no Hospital da Bahia.

Queria presenciar a cena, e aplaudir de pé a postura de beatitude da dona Rita, que pra mim é uma espécie de Che e Madre Teresa, numa só pessoa. Segundo ataque:
"Tiros atingem trem com ministros ao passar por favela no Rio"
Plantão Publicada em 10/09/2007 às 14h37mReuters/Brasil Online. Por Pedro Fonseca
RIO DE JANEIRO (Reuters)
Um trem em que viajavam os ministros das Cidades, Márcio Fortes, e da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, foi alvo de disparos de supostos traficantes, nesta segunda-feira, na zona norte do Rio de Janeiro, depois de a comitiva ter sido alertada por policias a evitar o local.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, esteve presente à solenidade de inauguração, mas deixou o local de helicóptero e não participou da viagem de trem.
Houve tiros duas vezes na passagem do trem pela favela do Jacarezinho (zona norte), e as autoridades se jogaram no chão para se proteger, confirmou a polícia...que descartou a possibilidade se tratar de balas perdidas.
"É um absurdo o Estado não poder oferecer o próprio serviço. Não é cabível que um ministro de Estado não possa levar o serviço até aquela comunidade porque ele não pode passar ali que vai ser rechaçado a tiros", acrescentou.
"Por isso, estamos fazendo um investimento maciço no Rio para a melhoria da qualidade de vida das favelas ... de modo que se reverta esse ambiente considerado perigoso. Tem que ser um bairro como outro qualquer", acrescentou.

Vale acrescentar que em consonância com a fala do sr. Ministro Márcio Fortes, o gov. do Rio Sérgio Cabral, exigiu uma diligência mal pensada e de estratégia atabalhoada (puro rechaço) da Força Nacional ao Jacarezinho, com o saldo inteligentíssimo de 1 morto e nenhum preso.
Eu, ingenuamente achando que os caras olhariam para suas práticas e pensariam: ...’ as pessoas estão tão descontentes...será que eu sou tão mal representante do povo assim?...’, não esperava que as autoridades agissem como ditadores que tratam o público como privado, como verdadeiros senhores-de-engenho, defendendo suas cercanias (que não são suas, são roubos e despojos latifundiários). Me lembrei de Augusto Pinochet.

A derradeira parte da trilogia ‘Ataque às Hordas do Poder’ seria com as pessoas nas ruas, desde cedo - num primeiro momento para cobrar e exigir a cassação e tramitação legítima no caso ‘Renan Calheiros’, que deveria ocorrer em sessão/votação aberta como convém à democracia – manifestando indignação pelo pacto social quebrado e corrompido por essas hordas, para então depô-las como traidores da nação. Pelo sim ou não das decisões, fecharíamos o Senado e voltaríamos pra casa orgulhosos, civilizados e honrados.


2 comentários:

William Koppe disse...

Parece que o sentimento que a Marta Suplicy externou com a sua famosa frase ratifica bem a situação do povo em geral: a comodidade bateu à porta, a preocupaçõ é com o aqui e agora, preocupa-se com o micro e não com o macro. Pior: a comunidade cristã, da qual particularmente deveria se esperar uma manifestação em prol da ética e moral, cala-se mediante tamanha sem veergonhice pro se preocupar unciamente me manter em ordem seus mundinhos pseudo-eclesiasitcos (porque de ekklesia na sua origem etimologica pelo menos ja perdeu a essencia faz tpo. infelizmente lamentamso e choramos extasiados frente a tal situação e nos perguntamos: Até quando meu Deus?

seja bem vindop cadu a blogosfera, intelectual organico sempre se corroendo pro dentro hehehe
abraços do will
www.williamkoppe.blogspot.com

William Koppe disse...

PS:putz cheio de erro meu coment hahahahah vou corrigir não mto tarde pra isso