sábado, 1 de dezembro de 2007

Não há Herói Abaixo da Linha do Equador. Nem Pecado.

O Brasil é um país sui generis.

Num esquema dominado pelo antagonismo-moral-crônico, é perversamente natural (a ênfase está no perverso ) que se dê mais valor àquilo que de fato é menos relevante para o convívio humano;
é a apologia da musa,
é a forma valendo mais que o conteúdo.

Não é de se estranhar então, que surjam
advogados-impecilhos,
juristas-injustos,
médicos-desumanos,
políticos-não-políticos,
religiosos-impiedosos,
namoradas-ciumentas,
maridos-egoístas,
Estado-privado,
assassinos-que-oram...

Mesmo assim, muitos dessas pessoas incongruentes em quem nos tornamos, arvoram-se no direito de sorrirem amarelo e estufarem o peito, quando cumprem com a ‘manutenção do belo quadro social’.
Tem gente que se vangloria de ser ético. Ora, isso é risível.
Um herói é herói porque organica/existencialmente ele é assim, a não porque seu coração é a ostentação.

As únicas criaturas que merecem ser condecoradas por fazerem o óbvio, são as crianças.
Elas merecem ser aplaudidas quando riem,
e uma medalha de honra ao mérito, quando brincam.

Um comentário:

William Koppe disse...

nos porões de nossas alams super valorizanmso o orgulho de ter em contra parte a humildade de simplesmente ser. Talvezs daí nasça a ostentação de fazer da forma correta e não com a intenção correta.
Fico então com a liga da justiça mirim como exemplo pra seguir, no final das contas só elas podem nos salvar. Para o alto, e avante!!!