O evento organizado no BNDES sobre Capitais Intangíveis superou minhas expectativas, cheguei ao conhecimento do evento pesquisando transdisciplinaridade e pensamento complexo, e na tentativa de obseravr o comportamento da Economia à essas faculdades, me vi observador da história. Cheguei em cima do laço, então minha confirmação pro seminário só me chegou no domingo de noitão, o que me impediu de participar já na segunda-feira. Eis minhas subimpressões*:
Muitas pessoas participaram (mais de 400 pessoas passaram pelo evento nos dois dias),dessas, os participantes-palestrantes apresentaram sensibilidade e pragmática política do conteúdo ali debatido.
Só pude ir no segundo dia (terça-feira). As falas de Luiz Carlos Prestes Filho, sobre a Economia do Carnaval; de André Urani, sobre o futuro das cidades (Rio e São Paulo); e de Helena Lastres sobre as redes e a produção do conhecimento, me leveram aos conceitos de transdisciplinaridade e capitalismo cognitivo, que permeiam a cena contemporâ política-social-urbana-latino. Os recortes trazidos - Carnaval do Rio de Janeiro, São Paulo Fashion Week e APL da Seresta de Conservatória, indicam que não se trata de efemérides, mas de recortes intangíveis, e claro, observáveis e palpáveis em seus benefícios monetário$.
A economista Lidia Goldenstein reforçou a necessidade de buscarmos novos caminhos (eu diria observar outros desdobramentos) para nosso desenvolvimento sócio-econômico, colocando os óculos de Indústrias Criativas; entendidas aqui como as relacionadas com a Indústria Cultural, mas Tecnologia da Informação, biotecnologia, telecomunicações e novas mídias, design, ... Esta é a indústria que tem a capacidade de trazer o novo e impulsionar o velho para mudar,( é o Gadamer revisitado por causa do Prigogine) como está acontecendo com a Inglaterra/Europa. Graça Cabral, da São Paulo Fashion Week exemplificou as idéias de Lídia, demonstrando a impedância deste evento na indústria textil/fabril.
"No Brasil temos procurado a chave do desenvolvimento econômico e social em torno dos mesmos postes, sem perceber que eles não tem nem mais luz... 10 entre 10 governadores do Estado do Rio de Janeiro anunciam como uma das prioridades número um de seus governos o desenvolvimento da indústria naval. De fato, a indústria naval foi, felizmente, reativada no Rio de Janeiro. E qual foi seu impacto na economia do Estado em termos de emprego e renda? Muito pequeno, e de qualquer forma, é mais de 100 vezes MENOR que o impacto da Indústria da Cultura!!!! E isto apesar da luz dos incentivos fiscais e benesses do Estado só beneficiar a indústria naval". Marcos Cavalcanti, sampleando os mesários.
O recado do evento foi dado: os desdobramentos do desenvolvimento sócio-econômico estão nas rédeas do capital cognitivo, portanto intangível. Os que têm óculos para ver, vejam.
*Obs.:Essas impressões são sub-impressões das impressões de Marcos Cavalcanti, que tem um blog interessantíssimo: http://oglobo.globo.com/blogs/inteligenciaempresarial/.
CONTINUA...OU NÃO.
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