sábado, 2 de fevereiro de 2008

Eclasiastes, Carnaval e Justiça. O 'Abre Alas'

Com as ferramentas em punho, quase tudo é possível. Quase tudo, por que sou otimista, e penso que o coração-honesto é o limite.
Enquanto muita gente vê o diabo em tudo, eu, como Filho da Graça que há em Jesus Cristo, me sinto impelido a ver Deus e suas mão positivas e operantes, em todas as coisas.
Não se engane, não estou falando de Universalismo; estou indo às orígens (aquele momento em que profanamos a nós mesmos)
Pode ser que essa minha ludicidade seja um disparate, mas como falo à adultos, entendemos que pode até ser um disparate sim, mas ainda lúdico. E adulto que sou, não abro mão de uma boa brincadeira.

Deus é justo, e o Livro do Eclesiastes conta disso;
Deus é justo, e os primórdios do Carnaval sambam assim; e
Deus é justo, e a Economia Mundial, esqueceu-se disso.

Toda vez que irrelevamos as letras de Coélet, ignoramos Deus, que é Justo;
Toda vez que sofismamos as manifestações folclóricas populares, ignoramos Deus, que é Justo, e
Sempre que a Economia é injusta com o Homem, denegrindo e aviltando-o, esbofeteamos Deus, que é justo. E justificador.

Eclesiastes e a justiça.
La Sainte Bible. Ed.1973. École Biblique de Jérusalem.


O problema de Coélet (aqui como sendo a mesma coisa que Eclesiastes, por enquanto), é o mesmo de Jó: o bem e o mal têm sua sanção aqui na Terra? E a resposta de Coélet, como a de Jô, é negativa, pois a experiência contradiz as soluções correntes (7, 25-8, 14).

Só que Coélet, é um ‘homem’ de boa saúde e não pergunta como Jô, pelas razões do sofrimento, e se consola gozando das modestas alegrias que a existência pode dar (3, 12-13; 8, 15; 9, 7-9); ou procura consolar-se, pois vive totalmente insatisfeito.
O mistério do Além o atormenta, sem que ele vislumbre uma solução.

Mas Coélet é um ‘homem’ de fé, embora desconcertado com o rumo que Deus dá aos assuntos humanos, diz que Deus não presta contas (3, 11.14; 7, 13); que se deve aceitar de sua mão tanto as provocações como as alegrias (7,14); que é preciso observar mandamentos e temer a Deus (5, 6; 8, 12-13)...
Continua...

4 comentários:

Ruben Marcelino disse...

Excelentes textos, Cadu! Sua perspectiva, longe de ser universalista, apenas percebe Deus presente entre nós, suas criaturas, e naquilo que fazemos. Considero muito positivo apreciar a diversidade de culturas como reflexo da fantástica caleidoscopia do Criador, ainda que todas elas, assim também as religiões que produziram e venham a produzir, nunca sejam capazes de compreendê-lo e expressá-lo plenamente. Acredito estar muito lúcido o Qohélet quando aprecia o Criador como Mistério que os seres humanos devem reverenciar, uma vez que a precisão acerca de seus caminhos esteja fora do alcance deles.

Parabéns, amigo!

Anônimo disse...

olha esse texto da Fernanda Young!!!!

http://claudia.abril.uol.com.br/materias/2680/?sh=25&cnl=5

Abraço!

PS: a propósito adorei os textos aqui sobre carnaval... li todos só agora... depois da folia é claro...huehuee

Anônimo disse...

"Cada membro uma árvore, cada igreja uma floresta."

Cara, vi isso na internet... o assunto era ecologia... as pessoas têm sonhos altos para a igreja...
legal isso... mas a realidade é bem outra... que vc acha?
vamos debater aqui
Abração,
Pedro.

--
acesse http://justicaintegral.blogspot.com

Marcos Vichi disse...

“Toda vez que sofismamos as manifestações folclóricas populares, ignoramos Deus, que é Justo, e sempre que a economia é injusta com o homem, denegrindo e aviltando-o, esbofeteamos Deus, que é justo e justificador.”

Este trecho de seu artigo revela com precisão o pecado de omissão dos religiosos que abominam o carnaval com todas as forças, mas fecham os olhos para a opressão produzida por um sistema econômico excludente, que nos considera mais ou menos gente, a partir daquilo que somos capazes de consumir e não pelo fato de que somos seres humanos, carentes de dignidade cuidado e afeto.

Parabéns mais uma vez.

Um grande abraço,

Marcos Vichi